A série da Netflix “Squid Game” é sobre pessoas pobres participando de jogos horríveis enquanto “VIPs” de elite assistem ao programa por entretenimento. Através de mensagens e simbolismo, “Squid Game” revela o que realmente é: A doença incurável da elite.
Aviso: spoilers enormes à frente!
Se você gosta de ver pessoas sendo mortas no estilo de execução, cara, eu tenho a série da Netflix para você. Chama-se Squid Game e também apresenta um monte de pessoas caindo de plataformas altas e respingando no chão. De fato, você testemunhará tantas mortes brutais no Squid Game que não terá escolha a não ser ficar insensível a elas. Até os personagens da série acabam tendo conversas inteiras sobre sua infância ou algo assim, enquanto outros levam tiros no rosto a cerca de três metros de distância deles. Eles não se importam mais. E você também não. E esse é o ponto.
Apesar do fato de Squid Game apresentar níveis extremos de sangue e violência, o marketing em torno dele parece insidiosamente concebido para ser atraente para as crianças.
Esta é uma das imagens que você pode encontrar ao navegar na Netflix. As crianças podem facilmente confundir isso com um filme infantil e não há nada que as impeça de assistir.
O vilão principal parece ter saído direto de um episódio dos Mighty Morphin Power Rangers. Seus funcionários parecem botões em um controle de Playstation.
Em suma, tudo está lá para atrair as crianças para a série para depois traumatizá-las com cenas de violência rara e jogos mentais psicopatas.
Um playground com tema de Squid Game em uma estação de trem na Coreia do Sul. Na série, o playground é onde dezenas de pessoas pobres são mortas por soldados, tudo para o entretenimento da elite. A cultura pop de hoje está doente.
No centro do Squid Game estão as antigas e eternas “lendas” de pessoas de elite ricas que recrutam camponeses e os forçam a jogar jogos mortais para seu entretenimento. O conto de 1924, The Most Dangerous Game , é sobre um aristocrata russo que captura pessoas, as liberta no deserto e as caça por esporte; O filme de 1994 Surviving the Game é sobre um sem-teto que recebe uma oferta de “emprego” apenas para acabar em um local remoto e se tornar a presa em um jogo de caça jogado por pessoas ricas e poderosas. Mais recentemente, a trilogia Jogos Vorazes é sobre pessoas pobres matando umas às outras sob o olhar atento da elite.
Muitas lendas são baseadas em histórias verdadeiras. E há algo sobre essas histórias de “jogos de elite” que soam verdadeiras. Squid Game pegou esse conceito, adicionou elementos de distopia de alta tecnologia e misturou um monte de insanidade da elite oculta. O resultado parece ter atingido um nervo porque Squid Game está a caminho de se tornar a maior série da Netflix da história.
Mas, como a maioria das séries da Netflix, as mensagens no Squid Game são distorcidas. É sobre a cultura da morte que obceca a elite e torna os espectadores parte dela. E, através de um simbolismo sutil, a filosofia da elite está aí para você testemunhar.
Aqui está uma olhada nas mensagens e no simbolismo desta série.
Dois círculos
A série é sobre pessoas altamente endividadas que são recrutadas para jogar um “jogo” onde o vencedor recebe um enorme prêmio em dinheiro. Os perdedores? Eles morrem de maneiras horríveis. Acabamos descobrindo que toda essa provação foi orquestrada por um grupo de elite rica que gosta de ver camponeses miseráveis sendo humilhados, infantilizados e forçados a se tornarem animais imorais para sobreviver.
O tema central desta série é adequadamente resumido durante os primeiros segundos do primeiro episódio.
A introdução da série mostra uma visão aérea de crianças jogando Squid Game em um playground.
O contorno deste jogo também é o logotipo principal da série. O motivo: ilustra perfeitamente a filosofia central do Squid Game e, por extensão, da elite. O retângulo representa as massas. O círculo na parte inferior representa aqueles que são pobres e muito endividados. O triângulo acima do retângulo representa a elite governando as massas. O círculo superior representa a elite oculta todo-poderosa que controla o mundo.
Apropriadamente, o narrador explica que as crianças que jogam Squid Game devem chegar ao círculo superior para ganhar. Quando isso acontece, o narrador diz:
“E, naquele momento, senti como se fosse o dono do mundo inteiro.”
No início da série, o protagonista principal, chamado Gi-hun, está claramente no círculo mais baixo da sociedade. Ele rouba dinheiro de sua mãe e foge das pessoas obscuras a quem deve dinheiro.
Então, Gi-hun experimenta pela primeira vez a doença da elite. Enquanto espera pelo metrô, Gi-hun é abordado por um misterioso vendedor que sabe tudo sobre ele. Ele propõe a Gi-hun jogar um jogo onde ele pode ganhar dinheiro.
Quando o vendedor ganha, ele não quer o dinheiro de Gi-hun. Ele quer dar um tapa na cara dele. A elite não se diverte com mais dinheiro, ela se diverte com emoções sádicas, como dar um tapa na cara desse pobre coitado repetidas vezes.
Quando Gi-hun finalmente ganha uma rodada, ele mal pode esperar para dar um tapa na cara do cara. No entanto, o vendedor o interrompe e mostra o dinheiro.
Por um momento, Gi-hun não se importou com o dinheiro, ele foi pego nas emoções sádicas da elite. Esta cena prenuncia o que acontecerá com Gi-hun no final. Após esse jogo humilhante, o vendedor propõe a Gi-hun participar de outro jogo onde ele pode ganhar muito mais dinheiro.
Depois de aceitar a oferta, Gi-hun é pego por um carro e é colocado para dormir. Ele acorda em um pesadelo distópico.
Squid Game = Sociedade Governada pela Elite
Os jogos acontecem em um complexo enorme escondido em uma ilha remota. De muitas maneiras, este lugar se assemelha a um site negro MKULTRA onde ocorrem experimentos doentios.
De muitas maneiras, o sistema distópico que ocorre dentro dessas paredes é um microcosmo de nossa sociedade moderna.
Os jogadores são reduzidos a um número e são constantemente monitorados.
Os trabalhadores que impõem as regras também são rigorosamente monitorados.
Os jogadores do jogo são despojados de todas as posses, dignidade e infantilizados a um grau ridículo. Esses jogadores representam como a elite percebe as massas.
Antes de cada partida, os jogadores são conduzidos por um labirinto de escadas inspirado nos desenhos de MC Escher. Este lugar transmite uma sensação de confusão e desorientação que favorece o estado infantil dos jogadores.
Os jogos acontecem em playgrounds coloridos que naturalmente associamos à diversão e inocência da infância. No entanto, todo “playground” torna-se o local de assassinatos em massa brutais realizados por trabalhadores sem rosto. Eles odeiam a salubridade da infância. Eles querem indivíduos tristes e quebrados.
Em um ponto, os jogadores realmente se unem e exigem uma votação para acabar com essa loucura.
Uma regra permite que os jogadores votem para parar o jogo.
Os jogadores acabam votando para parar o jogo e todos voltam para casa. No entanto, quase todos percebem que têm muitos problemas que só podem ser resolvidos com dinheiro. Convenientemente, os organizadores do jogo acompanham esses jogadores e os convidam de volta. Resultado: a maioria volta ao jogo por vontade própria. Este conceito é importante para a elite oculta, pois eles acreditam que os liberta das leis cármicas.
Resumindo: o processo democrático foi uma ilusão. A elite manipulou o sistema para obter o resultado que queria ver.
Quando eles voltam ao jogo, a solidariedade entre os jogadores se dissipa rapidamente. A fim de ver os jogadores se virarem, os organizadores propositadamente lhes dão um único ovo como refeição. Com certeza, os jogadores começam a lutar pelos preciosos ovos. Isso reflete uma tática clássica da classe dominante: ao tornar os recursos escassos, as massas param de se concentrar nos governantes e começam a lutar entre si por restos.
Os próximos jogos são projetados especificamente para colocar os jogadores uns contra os outros. Por exemplo, o jogo de bolinhas de gude exige que os jogadores formem equipes de dois. Naturalmente, a maioria dos jogadores se junta à pessoa mais próxima. Um cara até combina com sua esposa. Então eles aprendem que os dois jogadores devem jogar um contra o outro... e o perdedor morre.
Gi-hun engana este velho confuso (que era seu amigo) para ganhar o jogo. Ele teve que se rebaixar para sobreviver. Mais sobre o velho depois.
Os jogadores também percebem que podem matar uns aos outros com total impunidade fora dos jogos. Isso leva ao caos e assassinatos quando os jogadores estão na área principal.
Os cadáveres são colocados em caixas pretas assustadoras com laços. Um presente de sacrifício humano para a elite.
Os corpos são incinerados em instalações de porte industrial. Considerando o fato de que a elite está obcecada com o despovoamento global, cada morte é um “presente”.
No primeiro episódio, Gi-hun dá a sua filha um presente que se parece com os caixões assustadores. Um dos muitos exemplos de prenúncio na série.
Quando ela abre a caixa, percebemos que o presente é um isqueiro em forma de arma.
Esta cena prenuncia as inúmeras mortes por tiros que estão prestes a acontecer. Além disso, a arma acende fogo que pode se referir aos corpos sendo incinerados. O fato de Gi-hun dar esse presente para sua filha está de acordo com a agenda geral de expor a juventude à doença da elite.
Doença da Elite
Para os três jogos finais, os organizadores recebem VIPs – pessoas ultra-ricas e de elite que vieram assistir ao show pessoalmente. Através do simbolismo, a série indica quem são exatamente essas pessoas.
Os VIPs andam com máscaras de animais em seus rostos. A elite oculta vem fazendo isso há séculos.
Esquerda: Um dos VIPs. Direita: Helene de Rothschild em um baile de elite oculta em 1972 .
Esta foto do site da Igreja de Satanás mostra um monte de pessoas usando máscaras de animais simbolizando o abraço do lado animal dos humanos.
Apropriadamente, esses VIPs são obcecados com os dois elementos centrais do lado animalesco dos humanos: luxúria e sangue.
O salão onde os VIPs sentam e assistem as pessoas morrerem é pura decadência. Os humanos são usados como móveis e decoração – outra forma de retratar a desumanização das massas. Este VIP é imediatamente atraído pelo servidor e precisa “tê-lo” imediatamente.
O VIP traz o servidor para a sala VIP para ficar “satisfeito”. Essa sala é coberta com arte que reflete o estado avançado de perversão do VIP.
Depois de cinco jogos, restam apenas três jogadores. Eles são os jogadores de “elite”. Consequentemente, eles recebem roupas extravagantes e são tratados com um banquete. Não há mais ovos cozidos para estes três. O cenário desta festa não poderia ser mais simbólico.
Para a festa, as mesas são colocadas em forma de triângulo com luz no meio. Esse triângulo é colocado no topo de um piso quadriculado. Além disso, existem dois “pilares” de luz de cada lado.
Tudo isso é simbolismo maçônico flagrante.
Símbolos maçônicos clássicos: o triângulo com o olho que tudo vê, o piso xadrez e os pilares gêmeos.
A cena transmite a natureza oculta e ritualística deste jogo. Na Maçonaria, o piso quadriculado é a superfície transformadora onde os rituais acontecem.
O ritual mais poderoso de todos: Sacrifício de sangue. E é exatamente isso que os VIPs querem ver acontecer.
No final da festa, os trabalhadores retiram tudo… menos as facas de bife.
Os três jogadores restantes sentam-se em suas camas ao redor do chão ritualístico enquanto seguram suas facas. Além disso, observe que as paredes são “decoradas” com imagens que retratam os jogos horríveis pelos quais os jogadores tiveram que passar. Isso é como a Netflix usando “entretenimento” para lembrar as massas de como elas estão sendo controladas pela elite.
Como esperado, um jogador corta a garganta de outro jogador que morre. O sacrifício de sangue para a elite está completo.
Se alguém avançar muito esfaquear, descobrimos que Gi-hun finalmente vence o jogo. Portanto, ele é enviado de volta ao mundo real com o equivalente a US$ 38 milhões em sua conta bancária.
Ele finalmente relaxa e vive isso? Não. Ele está basicamente morto por dentro e passa cerca de um ano esfregando. Então, Gi-hun recebe um convite simbólico.
O encontro é no 7º andar de um prédio chamado “Sky”, 30 minutos antes do Natal.
Em várias correntes espirituais, incluindo a Cabala, “7º céu” (que é traduzido literalmente como “7º céu” em alguns idiomas) significa “o céu mais alto, onde Deus e os anjos mais exaltados habitam”.
Gi-hun encontra o velho do jogo em seu leito de morte.
Em uma grande reviravolta na história, descobrimos que o velho é realmente super-rico. Ele também é o “criador” do jogo. Quando Gi-hun pergunta por que ele criou um sistema tão horrível, ele responde:
“Se você tem muito dinheiro, não importa o que você compra, come ou bebe. Tudo fica chato. Todos os meus clientes eventualmente começaram a dizer as mesmas coisas quando conversávamos. Todos sentiram que não havia mais alegria em suas vidas. E então, decidimos nos juntar e começamos a perguntar o que todos nós poderíamos fazer para finalmente nos divertirmos?”
Isso explica por que a elite participa de atividades tão extremas e depravadas (ou seja, a Ilha Epstein)? De qualquer forma, simplesmente assistir aos jogos não era mais suficiente para esse velho. Ele realmente queria ser um jogador no jogo para se sentir vivo.
Ao rever a série, percebe-se que esse velho (também conhecido como jogador #001) teve uma grande influência no jogo (ao mesmo tempo em que aparentemente era imune a ser morto). Ele era o equivalente a uma planta de elite entre as massas. Por exemplo, ele teve o voto final e decisivo durante o processo democrático. Além disso, ele parou a noite dos assassinatos gritando e fazendo com que os trabalhadores saíssem e parassem com a violência.
Gi-hun sai de sua reunião no 7º céu um homem mudado. Para refletir essa profunda mudança, ele tinge o cabelo de vermelho (a cor do sacrifício e da transformação nos círculos ocultos). Então, finalmente decide embarcar em um avião e ir ver sua filha.
No entanto, no último segundo, ele se vira.
Gi-hun quer voltar ao jogo porque “precisa saber quem está por trás disso”.
Então, em vez de ver a filha e finalmente fazer parte da vida dela, Gi-hun quer voltar à loucura. Isso é louco. A verdadeira razão para ele querer voltar: ele agora está infectado com a doença da elite (representada por seu cabelo ruivo). Ele se sente morto por dentro... a menos que participe das emoções extremas do jogo.
A prova definitiva disso é o fato:
O cara dos Power Rangers que supervisiona o Squid Game é um vencedor do passado. Ele também foi infectado e precisou voltar.
Em suma, o final não é feliz. Todos perdem o jogo. Exceto para a elite.
Em conclusão
Squid Game se tornou a maior série da história da Netflix por vários motivos. Além de sua violência chocante e história emocionante, a série explora vários temas, como religião, natureza humana e as armadilhas das desigualdades econômicas. Enquanto várias fontes de notícias interpretaram Squid Game como uma “crítica do capitalismo”, elas parecem ignorar o tema mais óbvio e gritante: a sociedade sendo governada por uma elite oculta doentia que tem prazer em dividir, controlar, desumanizar, infantilizar e abusar abertamente do poder. massas. E essa história não termina com este jogo sendo derrubado... termina com o vencedor voltando para ele.
Nesse sentido, presenciamos uma forma de Síndrome de Estocolmo onde as pessoas que sofrem abusos acabam se identificando com seus agressores. E esse é o objetivo da série: os espectadores acabam gostando de assistir a essa forma doentia de entretenimento da mesma forma que os VIPs gostam de ver pessoas sendo mortas. Então, eles se sentem mortos por dentro.